Réu já estava preso e retornou para o sistema prisional após a sessão do Júri Popular
Vários familiares da vítima acompanharam o julgamento durante todo o dia. Ao fim da sessão, disseram que se sentiam satisfeitos com a pena prolatada pelo juiz Felipe Ceolin Lírio, que presidiu a sessão. Entretanto, disseram esperar que a pena seja efetivamente cumprida.
O conselho de sentença acatou todas as qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, (por razões da condição do sexo feminino da vítima). Pesaram na pena, também o fato de o crime ter sido cometido na frente da criança, filha da vítima.
O denunciado foi preso no local do crime, no dia do fato. Em entrevista à reportagem do Diário do Aço Arnaldo confirmou a autoria do crime. Na sessão desta quarta-feira ele manteve a confissão.
O que diz a família
Tia da vítima, Eduarda Mendes saiu emocionada do plenário da Câmara Municipal, onde ocorreu o julgamento e, em entrevista ao Diário do Aço disse que a pena foi dentro do que a família esperava. Esperamos que ele fique muito tempo preso e cumpra essa sentença. Agradecemos ao corpo de jurados”, afirmou.
Quanto à criança, Eduarda disse que a sobrinha mora com o pai, mas frequenta a casa das tias. Ela fala muito da mãe, pergunta muito da mãe dela, pois sente falta. Direto ela fala sobre o que aconteceu, com detalhes. Nós a levamos para fazer acompanhamento psicológico. Damos todo apoio para que supere o que ela viveu”, concluiu.
Naiele Cristine Rodrigues de Assis, de 24 anos
Ex-companheiro de Naiele, o jovem Gabriel Leandro Almeida Rosa afirmou que a sentença representou um alívio, pois assegura que o assassino da mãe de sua filha permanecerá preso por um longo tempo. Havia temores que ele fosse solto e fizesse alguma coisa contra a menina, que todo dia tem medo. Ela vive traumatizada com o que viu. Ela se lembra que o assassino da mãe tinha uma faca na mão e lembra-se das facadas que a mãe levou. Conta que gritava pedindo socorro às pessoas. Viu a mãe ser assassinada. Agora temos um tratamento com um psicólogo, e vamos levando a vida”, detalhou.
Como foi o crime
Conforme a denúncia do Ministério Público, no dia que antecedeu o crime, Arnaldo Nunes descobriu uma possível traição da vítima, com quem mantinha um relacionamento amoroso havia aproximadamente um mês. No dia seguinte crime, o denunciado foi a uma padaria para fazer uso de bebida alcoólica (cerveja).
Após embriagar-se, foi até a residência da vítima e iniciou com ela uma severa discussão por não aceitar o término do namoro e por ela não o querer mais em sua residência. Inconformado, pegou uma faca e atacou Naiele, efetuando diversos golpes pelo corpo.
O jovem ainda pegou um botijão de gás e o arremessou contra a cabeça da vítima. Foi averiguado ainda que ele cortou a mangueira do botijão e a colocou próximo ao rosto da vítima para asfixiá-la. Por fim, também se apossou de uma pedra de granito de uma mesa e a jogou em cima do corpo da vítima. Todos os fatos ocorreram na frente da filha da vítima, de apenas quatro anos.
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