Após negociações duras, a CBF e a Nike avançaram para renovar o contrato de patrocínio da seleção brasileira. A tendência é por um acordo que pelo menos triplique o valor atual ganho pela confederação considerando todos os ativos.
O atual acordo entre CBF e Nike vai até 2026 e tem uma remuneração anual de US$ 35 milhões (R$ 199 milhões).
Esse valor foi considerado defasado pela confederação, que iniciou negociações para uma revisão do contrato. Como trunfo, usava sondagens feitas pela Adidas e pela Puma.
Havia um prazo até o final de 2024 para acertar a renovação ou se iniciaria um processo de concorrência. A partir daí, a Nike fez uma oferta de reajuste. A CBF recusou e fez uma pedida mais alta.
Durante o mês de novembro, a alta cúpula da Nike veio ao Brasil para negociar diretamente com a CBF. E os executivos continuam no país.
Nas semanas recentes, houve bastante avanço nos acordos e a proposta da Nike ficou mais perto da pedida da CBF. Ainda não há um valor definitivo.
A diretoria da confederação, no entanto, avalia que vai obter o maior contrato de patrocínio entre todas as seleções e times superando o recente acordo da Alemanha com a Nike. A empresa pagará 100 milhões de euros (R$ 614 milhões) para arrancar a seleção da Adidas.
Nesta conta, a CBF inclui ativos que não eram pagos pela Nike anteriormente com os royalties por venda de camisa. Foi previamente acertado um percentual de 20% para a confederação por venda de camisa.
A entidade confia em um aumento significativo da receita total porque as vendas das camisas da seleção ocorrem no mundo todo e em moeda forte. Outros itens foram discutidos como o pagamento por licenciamento de produtos.
Assim, na CBF, conta-se que esses incrementos, mais o aumento do valor em dinheiro, mais material esportivo, tornará o acordo o mais significativo do futebol mundial. A expectativa é de um acerto definitivo até o final de novembro.
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