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Demanda por viagens aéreas aumentam e batem recorde em setembro no Brasil

O país também observou alta na ocupação dos voos, que saltou de 81,7% para 83,3%

Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, tem voos para mais de 70 destinos

A demanda por viagens de avião no Brasil subiu quase 4% em setembro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O país também observou alta na ocupação dos voos, que saltou de 81,7% para 83,3%. Os dados são da Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA). A entidade ainda calculou que, a nível global, o mês de setembro bateu recorde, sendo o melhor da história. 

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostram que no mês 7,9 milhões de passageiros embarcaram em aeronaves no Brasil, 4,3% a mais que no mesmo período do ano passado. Desde o início do ano, foram 68,7 milhões de viajantes no país. “Esta é uma boa notícia não apenas para os passageiros, mas também para a economia global. Cada voo gera mais empregos e comércio. Mas o sucesso das viagens aéreas também envolve desafios. Em breve, enfrentaremos uma crise de capacidade em algumas regiões que ameaça restringir esses benefícios econômicos e sociais”, disse Willie Walsh, diretor geral da IATA.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais (Abav-MG) Alexandre Brandão confirmou o bom momento que, segundo ele, já supera o tráfego observado no período anterior à pandemia. Dados da Abav indicam que em fevereiro de 2020, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, tinha uma média de 1020 voos semanais. Na última semana, o número subiu para 1190 viagens. 

“Para o ano de 2025 isso vai se manter, porque a gente tem vendido bastante, não só pacotes para o verão, mas também para o período de carnaval e o ano que vem vai ser um ano contemplado com muitos feriados prolongados também”, projetou Brandão. Os destinos mais procurados no Brasil são opções classificadas no setor de “céu aberto” como Jericoacoara, Delta do Parnaíba, Santarém e Arraial D’Ajuda. 

Também há grande procura para viagens de navio e busca de hospedagens em resorts. Já nas viagens internacionais, Caribe, Estados Unidos além de Portugal, que tem sido, para os brasileiros, uma porta de entrada para a Europa. “E nesses últimos dois meses houve um grande destaque para o turismo esportivo, com um tráfego imenso para Buenos Aires. Só para a final da Libertadores entre Atlético x Botafogo nós devemos ter mais de 10 voos comerciais, fora os fretados saindo de Minas”, calculou Brandão.  

Turismo em alta  

De janeiro a setembro de 2024, turistas internacionais gastaram no Brasil um total de US$ 5,409 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. O valor do acumulado é o maior da série histórica, iniciada em 1995, e também supera em 1,8% o mesmo período de 2014, ano da Copa do Mundo de futebol no Brasil, quando a soma de divisas deixadas no país nos três primeiros trimestres foi de US$ 5,3 bilhões.

No comparativo com os meses de janeiro a setembro de 2023, quando visitantes de outros países deixaram US$ 5,019 bilhões na economia brasileira, o valor deste ano mostra um crescimento de pouco mais de 8%. Os dólares deixados pelos turistas no Brasil também equivalem a 78,2% do total acumulado em 2023, que foi de US$ 6,9 bilhões, outro período de registro recorde. 

De acordo com a Embratur, os US$ 5,4 bilhões injetados no Brasil pelo turismo internacional nos três trimestres iniciais de 2024 é 20% maior que o volume registrado no mesmo período em 2019, último ano antes do impacto econômico provocado pela pandemia de Covid-19. 

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