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Dia amanheceu mais tenso em função do que foi dito na campanha, diz Haddad sobre Trump

Ministro pondera que desdobramentos do futuro governo republicado serão vistos a partir do ano que vem

Brasília

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse nesta quarta-feira (6) que o dia “amanheceu mais tenso” nos mercados em função do que foi dito na campanha pela presidência dos Estados Unidos, em que Donald Trump saiu vitorioso nesta madrugada.

O titular da pasta ponderou, contudo, que o discurso de vitória do republicano já é mais moderado do que o de campanha. E que o Brasil deve “cuidar de casa”.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) participa de cerimônia no Palácio do Planalto. –

“Na campanha foram ditas muitas coisas que causam apreensão, não no Brasil, no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. Então o dia amanheceu no mundo, o dia amanheceu mais tenso em função do que foi dito na campanha”, disse.

“Mas entre o que foi dito e o que vai ser feito, nós sabemos que isso já aconteceu passado, né? Então, as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas. E o discurso pós-vitória já é um discurso mais moderado do que o da campanha. Então nós temos que aguardar um pouquinho e cuidar da nossa casa”, completou.

A declaração foi dada a jornalistas, em frente ao ministério da Fazenda.

Questionado se haveria impacto político no Brasil ele minimizou. “É difícil dizer isso, porque você não tem um casamento de eleições, entre o Brasil e os Estados Unidos não se dá assim, não tem um automatismo. Existe um fenômeno de extrema-direita no mundo crescente. Mas isso não é de agora, né?”.

Quatro anos após tentar se manter na Casa Branca com base em mentiras e violência, Donald Trump, volta ao comando dos Estados Unidos, numa eleição que marcou uma guinada expressiva à direita.

O republicano foi declarado presidente eleito dos Estados Unidos por volta das 7h30 desta quarta (6), quando alcançou a marca de 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral. Com a apuração ainda em curso, liderava em todos os sete estados-pêndulo.

Em desempenho superior à sua vitória de 2016, também ganhou no voto popular, com 68 milhões de votos, ante 62,9 milhões de Kamala Harris. Um republicano não chegava à Casa Branca como o mais votado pela população desde George W. Bush, em 2004.

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