Pacientes entre 40 e 60 anos que relataram ter problemas relacionados ao sono apresentaram idades cerebrais maiores do que as biológicas
Uma noite mal dormida pode ter graves consequências para a nossa saúde. Segundo um novo estudo, pessoas entre 40 e 60 anos que relataram ter problemas relacionados ao sono apresentaram idades cerebrais maiores do que as biológicas.
Isso significa que a insônia pode ser muito mais prejudicial do que se pensava, provocando o envelhecimento do cérebro. Até agora, a ciência sabia que os distúrbios do sono causavam problemas cardíacos e fadiga.
Pacientes passaram por exames cerebrais
- O trabalho foi realizado por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos.
- No total, eles analisaram 589 indivíduos que começaram o experimento com, em média, 40 anos.
- Os pacientes preencheram um questionário sobre o sono no começo do levantamento, e o repetiram cinco anos depois.
- No aniversário de dez anos do estudo, os participantes passaram por exames cerebrais.
- As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista científica Neurology.
Importância de combater os problemas do sono de forma precoce
Os pesquisadores compararam os resultados dos testes com as respostas dos questionários e perceberam uma diferença considerável no cérebro dos voluntários que disseram ter problemas para dormir. Estes pacientes tinham, em média, idades cerebrais 2,6 anos maiores do que pessoas da mesma idade, sexo, e condições de saúde, mas que diziam dormir bem.
Os cientistas ainda apontaram que uma das limitações do estudo é que ele se baseia nas respostas dos participantes ao questionário. Isso significa que não é possível saber se as pessoas realmente dormem mal ou se apenas têm essa percepção.
De qualquer forma, de acordo com o estudo, as descobertas reforçam a importância de abordar os problemas do sono de forma precoce. Isso ajudaria a preservar a saúde do cérebro da pessoa.
Algumas recomendações feitas pela equipe foram manter um horário de sono consistente, praticar exercícios, evitar cafeína e álcool antes de ir para a cama e usar técnicas de relaxamento.