Elas são muito pequenas e custam uma fração ínfima do valor do automóvel, mas são tão importantes quanto os demais componentes. Estamos falando das lâmpadas automotivas, itens que possuem diversas funções no veículo e que são essenciais para seu funcionamento.
Embora seja um tópico quase sempre negligenciado quando o assunto é “cuidados com o carro”, a iluminação automotiva tem papel fundamental na direção, pois faz o motorista ver e ser visto, dentre outras atribuições importantes. Veja nossas dicas para não errar na hora de escolher ou trocar as lâmpadas do seu carro, seja por estética ou por manutenção.
Muitos carros saem de fábrica com faróis halógenos e luzes diurnas/de posição em LEDs.Fonte: Yuri Ravitz
1 – instalar LEDs em tudo: o advento dos LEDs foi um divisor de águas no mercado automotivo, pois possibilitou trocar todas as lâmpadas amareladas do seu carro pelos modernos diodos de luz branca fria, deixando o visual mais sofisticado e com ares de modelo premium. O problema é que isso pode prejudicar a visibilidade e acarretar defeitos ao veículo.
Lâmpadas halógenas consomem muito mais energia do que os LEDs, mas o carro sai da fábrica projetado para isso. Quando você começa a substituí-las por LEDs, a malha eletrônica do automóvel pode entrar em colapso por não ter mais esses consumidores do projeto original, levando a falhas no computador do veículo e até mesmo na direção.
Por fim, faróis e lanternas originalmente construídos para funcionar com LEDs são totalmente diferentes de peças feitas para usar lâmpadas convencionais. Dificilmente você encontrará um bulbo de LEDs que consiga a mesma projeção de luz da lâmpada original, o que causará ofuscamento nos demais motoristas e limitará sua visibilidade da pista.
Toda lâmpada possui um encaixe específico, feito por travas fixas que devem ser respeitadas.Fonte: Divulgação/OSRAM
2 – não respeitar as especificações originais: imagine que, por algum motivo, você esteja achando os faróis do seu carro muito fracos e comece a buscar uma solução. Visando comprar o item certo, você descobre que ele usa lâmpadas H4 de 55 watts, mas o colega de um fórum indicou lâmpadas de 100 watts, o que é quase o dobro da potência das originais.
Uma lâmpada mais potente será mais forte, logo, você enxergará melhor à noite, certo? Sim, porém, mais potência também significa mais calor. A lâmpada de 100 watts esquenta muito mais e fatalmente levará ao derretimento da fiação original do carro ou, em casos mais extremos, derretimento do próprio farol e até mesmo risco de incêndio.
Outro erro muito comum é querer adaptar lâmpadas de encaixes diferentes como, por exemplo, instalar um bulbo H11 em um local que pede lâmpadas H8. Cada encaixe tem sua especificidade que deve ser respeitada; não há espaço para gambiarras. Se o carro pede, por exemplo, uma lâmpada H7 naquele ponto específico, então utilize um bulbo H7.
À esquerda, o feixe de luz de uma lâmpada instalada incorretamente; à direita, o feixe de uma lâmpada colocada do jeito certo.Fonte: Yuri Ravitz
3 – instalar de maneira incorreta/não alinhar os faróis: lembra que falamos sobre encaixes de lâmpadas ali em cima? Quando esses encaixes não são respeitados, o bulbo não consegue iluminar do jeito que foi projetado para fazer, prejudicando diretamente a sua utilização do veículo e podendo atrapalhar os demais motoristas.
O resultado pode ser visto na foto acima: compare o feixe de luz da esquerda com o facho da direita. Ambos deveriam estar iguais, pois as lâmpadas e os faróis são os mesmos – a diferença está na instalação. O da esquerda foi instalado errado de propósito, a fim de mostrar o quanto sua visibilidade pode ser prejudicada caso o encaixe da lâmpada não seja respeitado.
Além disso, a instalação incorreta impossibilita o alinhamento apropriado dos faróis, o que acaba por, mais uma vez, afetar a experiência segura de direção. Uma vez que as lâmpadas estejam instaladas corretamente, aí sim você pode alinhar ambos os fachos para garantir a máxima visibilidade possível sem atrapalhar os colegas de pista.
Iluminação azulada é mais atraente, mas é menos eficiente do que a amarela.Fonte: Divulgação/Morimoto
4 – investir em iluminação azulada: muito antes da febre dos LEDs no meio automotivo, quem queria fugir das “amarelinhas” investia em lâmpadas de xenônio. Presentes apenas em carros de alto padrão, os bulbos de xenônio não usam filamento e sim um invólucro com um composto de gases que, quando excitado por eletricidade, emite uma forte luz.
A luz das lâmpadas halógenas de fábrica costuma ficar entre 2.700 e 3.200 Kelvins, uma escala de coloração que mede, basicamente, a “aparência” da luz projetada. As luzes de xenônio de fábrica ficam entre 4.150 a 4.300 Kelvins, o que representa um branco quente. Já os LEDs oscilam entre 5.500 e 6.500 Kelvins, um branco frio levemente azulado.
A grande questão é: quanto mais Kelvins, mais azulada é a luz, podendo chegar até ao roxo ou rosa. Em contrapartida, quanto mais azulada, mais ineficiente é a luz, principalmente em condições como chuva ou neblina. Se você quer a máxima visibilidade possível à noite, prefira as lâmpadas entre branco quente ou puro; branco frio é bonito, mas é pouco eficaz.
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