Aproximadamente 12 mil motoristas passaram pelo pedágio free flow – aquele automático, sem cabine nem cancela – e não pagaram a tarifa em Itápolis, no interior de São Paulo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, com base em dados fornecidos pela concessionária EcoNoroeste.

O pedágio em questão, cuja tarifa sem desconto é de R$ 8,90, fica no km 179 da Rodovia Laurentino Mascari (SP-333). E o número de evasões representa 8,4% do total de veículos que passaram pelo pedágio. A inadimplência afetou a receita da empresa em 7%.

Os dados levantados pela concessionária cobrem o período entre 4 de setembro e 4 de outubro de 2024 – o primeiro mês de funcionamento do pedágio free flow.

No pedágio free flow, motorista passa e tem 30 dias para pagar

Neste tipo de pedágio, o motorista passa e paga depois, por meio de algum dos canais oferecidos pela concessionária. O prazo para pagar é de 30 dias. Caso não pague, o motorista receberá uma multa de R$ 195,23. E perderá cinco pontos na carteira, por esta ser considerada uma infração grave de trânsito.

Veículos de passeio e comerciais têm desconto, que variam de 5% a 96%. E a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) cita alguns meios oferecidos para pagar o pedágio automático. São eles:

• Pedágio Pay;
• WhatsApp (0800 326 3663);
• Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) da Rodovia Laurentino Mascari;
  • Pagamento feito de forma presencial (via atendente ou totem de autoatendimento);
  • Aceita-se cartões de débito e crédito, Pix e dinheiro.

Pedágio automático aparece em vários pontos do Brasil

Em São Paulo, além do km 179 da SP-33, em Itápolis, o pedágio free flow foi instalado no km 110, em Jaboticabal. Ele também foi instalado em em dez pontos nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. E em rodovias federais, como a BR-101 (a Rio-Santos) nas regiões de Mangaratiba (RS), Paraty (RJ) e Itaguaí (RJ).

O free flow tem pontos instalados nas rodovias com câmeras e sensores para identificar a placa do veículo. Quando o automóvel passa, a informação é registrada, cruzada com um banco de dados e a tarifa é gerada.

A adoção do sistema pela ANTT deve acontecer de forma gradual até 2030, até substituir todas as praças de pedágio convencionais. A expectativa é que os trabalhadores desse serviço sejam incorporados na nova operação.