O Atlético-MG é muito bem treinado por Gabriel Milito e tem um time muito forte, especialmente na parte ofensiva, mas, sem Deyverson, a equipe perde muito em poder de fogo.
A diferença também é clara quando o time precisa jogar com sua escalação alternativa.
O Flamengo foi a Belo Horizonte com seu time alternativo e venceu o forte Cruzeiro. Já o Atlético-MG foi a Goiânia nas mesmas condições e perdeu para o último colocado, o Atlético-GO.
No último domingo (03), no Maracanã, o Galo foi apático, facilmente dominado e quase tomou uma goleada, o que seria o fim das pretensões de título na Copa do Brasil. O gol do Alan Kardec deu sobrevida ao time, mas a derrota em Goiânia deixou um sinal de alerta para Milito.
Escrevi sobre como Filipe Luís, na Arena MRV, poderá olhar para o banco com a certeza de que pode contar com qualquer jogador, pois todos mostraram sua importância na vitória contra o Cruzeiro.
Será que Gabriel Milito terá a mesma confiança ao olhar para o banco do Galo depois da derrota para o Atlético-GO?
Para reverter a desvantagem de dois gols, o Galo terá que estar totalmente focado, determinado e muito agressivo para não deixar o Flamengo respirar. Em quatro dias, demonstrou fragilidade tanto com a equipe titular quanto com a alternativa.
Para ser campeão, o Galo precisará fazer a partida da vida no domingo (10). Além disso, estará na final da Libertadores no dia 30/11, com mais um grande desafio pela frente.
Considero o Atlético-MG um grande time, e é um clube pelo qual tenho grande admiração desde garoto.
Essa admiração cresceu muito no começo dos anos 80 por causa do timaço que tinham e porque joguei o Campeonato Mineiro de 1981 pela Caldense. Quando enfrentei o Galo pela primeira vez no Mineirão, pensei comigo: “Caramba, quero jogar nesse time.”
Eu sabia que, para chamar a atenção da diretoria do Atlético e do treinador da época, Carlos Alberto Silva, teria que jogar muito contra eles — e foi o que fiz.
No fim, todos conhecem a história: voltei para o Corinthians aos 18 anos e não me deixaram sair.
Então, para bater de frente com este Flamengo confiante de Filipe Luís, o Galo precisa agredir, agredir e agredir, mostrando quem manda na Arena MRV.
É hora de o Galo ser forte e brigador.
Opinião
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