A CNI distribuiu nota, afirmando que o nível em que a Selic se encontrava antes da reunião do Copom já era mais do que suficiente para manter a inflação sob controle.
Indignada! Foi assim que se posicionou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) diante da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que, quarta-feira, 6, elevou de 10,75% para 11,15% a taxa básica de juros da economia brasileira – a Selic.
A CNI afirma em nota que encaminhou a esta coluna:
“Trata-se de mais uma decisão extremamente conservadora da autoridade monetária. Isso porque o nível em que a Selic se encontrava antes da reunião já era mais do que suficiente para manter a inflação sob controle. É importante observar que a inflação tem sido impactada por fatores sobre os quais a política monetária não tem efeito. Por isso, a elevação da Selic apenas irá trazer prejuízos desnecessários à atividade econômica, com reflexos negativos em termos de criação de emprego e renda para a população.”
acrescenta:
“No cenário internacional, há clara tendência de afrouxamento dos juros. O novo aumento da Selic coloca o Brasil ainda mais na contramão da tendência global, isolando-se ao lado da Rússia como os únicos países do G20 que estão subindo juros neste momento.”
Com os juros nas alturas, ficará mais difícil fazer compras a prazo e, principalmente, obter financiamento.