IPCA sobe 0,56% em outubro, alta puxada pelo aumento da conta de luz e do preço das carnes
No período de 12 meses, índice de preços avançou para 4,76%, e ultrapassou o teto da meta de inflação do BC
A inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, avançou 0,56% no mês passado, acima dos 0,44% de setembro, puxado pelo aumento dos preços da energia elétrica e dos alimentos. Trata-se da maior alta para outubro desde 2022, mostram dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
No ano, o IPCA acumula alta de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%, acima do teto da meta de inflação do Banco Central de 4,5%. Até setembro, o IPCA estava dentro desse limite, com alta de 4,42%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram maior influência nos resultados de outubro: habitação (1,49%) e alimentação e bebidas (1,06%), com contribuição de 0,23 ponto porcentual cada. No grupo habitação, o destaque ficou com os preços da energia elétrica residencial, que subiu 4,74%, ainda com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,877 a cada 100 kwh consumidos, a partir de 1º de outubro.
No caso de alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. As maiores altas foram verificadas nos preços das carnes, com avanço de 5,81%. O corte de acém subiu 9,09%; da costela, 7,40%); contrafilé, 6,07%; e alcatra, 5,79%. O IBGE também observou aumentos no preço do tomate (9,82%) e café moído (4,01%). Por outro lado, ajudaram a conter um pouco o avanço da inflação as quedas no preço da manga (-17,97%), do mamão (-17,83%) e da cebola (-16,04%).
O IPCA é referência para a meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central), cujo centro é de 3% em 2024. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para menos ou para mais.