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Por que algumas pessoas nascem com covinhas no rosto?

Covinhas são traços genéticos raros associadas à beleza; característica está presente em cerca de 20% da população mundial.

As covinhas no rosto são características encantadoras que muitas vezes são associadas à beleza e simpatia. Essas pequenas depressões aparecem principalmente nas bochechas e, em alguns casos, no queixo, sendo mais perceptíveis quando a pessoa sorri.

Mas, afinal, por que algumas pessoas têm covinhas e outras não? E o que há por trás desse traço tão singular?

Para entender melhor essa questão, é importante explorar os fatores genéticos e anatômicos que levam ao aparecimento das covinhas.

Em geral, elas são consideradas um traço relativamente raro, presente em cerca de 20% da população, e a ciência aponta causas que vão desde variações musculares até falhas na fusão de tecidos durante o desenvolvimento embrionário.

Genética e anatomia das covinhas

As covinhas são frequentemente descritas como um traço genético dominante. Isso significa que, teoricamente, se ambos os pais possuem covinhas, há uma grande probabilidade de seus filhos também herdarem essa característica.

No entanto, a herança genética das covinhas nem sempre segue uma regra fixa. Esse fenômeno é conhecido como dominância irregular, o que significa que, mesmo com pais que possuem o traço, o filho pode não desenvolvê-lo.

Estudos sobre genética apontam que as covinhas tendem a ser mais comuns em crianças e podem se tornar menos visíveis com o avanço da idade, conforme os músculos e tecidos faciais mudam.

Além disso, pesquisas apontam que a probabilidade de uma criança ter covinhas é de cerca de 25% a 50% quando um dos pais tem o traço. Esse número pode subir para 50% a 100% se ambos os pais apresentarem covinhas.

Além da genética, a anatomia facial tem um papel essencial no aparecimento das covinhas. O músculo responsável por essa característica é o zigomático maior, que está localizado na lateral do rosto e é o principal músculo envolvido no movimento de sorriso.

Em pessoas com covinhas, esse músculo apresenta uma divisão incomum, conhecida como zigomático maior bífido, onde o músculo se separa em duas partes. Essa variação anatômica cria uma pequena depressão na pele, que se torna visível ao sorrir.

No caso das covinhas no queixo, conhecidas também como ‘fenda no queixo’ ou ‘queixo partido’, a formação é um pouco diferente.

Esse tipo de covinha surge devido à fusão incompleta dos ossos da mandíbula durante o desenvolvimento embrionário, criando uma leve rachadura ou depressão no centro do queixo.

Assim, enquanto as covinhas nas bochechas são causadas por uma alteração no músculo, as covinhas no queixo resultam de uma variação óssea.

Covinhas e a busca pela beleza

As covinhas são tão apreciadas que algumas pessoas optam por procedimentos estéticos para criá-las artificialmente. A cirurgia, chamada ‘dimpleplastia’, envolve pequenas incisões dentro das bochechas para formar uma depressão que imita o efeito natural das covinhas.

No entanto, o procedimento apresenta riscos, como infecções e a possibilidade de um resultado permanente, em que as covinhas aparecem até mesmo sem o movimento de sorriso. Por isso, muitos especialistas recomendam pensar bem antes de realizar o procedimento.

Em algumas culturas, as covinhas são vistas como um sinal de sorte e prosperidade. Pessoas com covinhas são frequentemente associadas a personalidades amigáveis e carismáticas.

A ciência, por outro lado, classifica as covinhas como um tipo de anomalia ou defeito anatômico, apesar de serem culturalmente celebradas. O que torna essa característica fascinante é justamente sua raridade e a combinação de genética e anatomia que faz com que algumas pessoas as tenham e outras não.

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