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Vinci Partners adquire Outback Brasil em transação avaliada em R$ 2 bi

(Foto: Divulgação/OutBac Steakhouse)
(Foto: Divulgação/OutBac Steakhouse)

A Vinci Partners fechou a aquisição de 67% da operação do Outback no Brasil, em uma transação que avalia o negócio a um enterprise value de R$ 2,057 bilhões. O acordo inclui tanto uma parte secundária quanto um componente primário que visa injetar capital no caixa da empresa, garantindo fôlego para a expansão da rede no país.

O valuation da transação, que representa um múltiplo de 6,5x EBITDA, se destacou em relação à média de 5x praticada por outras empresas de varejo na Bolsa. A Bloomin Brands, controladora do Outback, manterá 33% do capital da operação no Brasil, com a opção de vender sua participação remanescente para a Vinci em 2028.

A negociação pela operação brasileira do Outback atraiu diversos interessados, incluindo o Mubadala Capital e a Advent, ambos com histórico forte no setor de varejo. A Vinci saiu vitoriosa na disputa, reforçando seu portfólio de investimentos no setor de alimentação, que já inclui a Domino’s Brasil e a rede Camarão Camarada.

A decisão da Bloomin Brands de vender a operação no Brasil foi motivada pelo desempenho abaixo do esperado nos Estados Unidos. A companhia reportou resultados do terceiro trimestre que levaram a uma queda superior a 10% de suas ações no pre-market. O valor da venda será utilizado para focar na expansão e aprimoramento da operação norte-americana.

Em 2022, o Outback Brasil registrou uma receita superior a R$ 3 bilhões, com um EBITDA de cerca de R$ 300 milhões. A operação conta com 200 lojas, das quais 174 são do Outback, 17 do Abraccio e 2 do Aussie. No ano passado, 18 novas unidades foram inauguradas, destacando o potencial de crescimento no mercado brasileiro.

O plano da Vinci é ambicioso: a gestora pretende dobrar o número de unidades do Outback, passando de 200 para mais de 300 em um futuro próximo. Essa estratégia segue a bem-sucedida tese do Burger King Brasil, adquirido pela Vinci em 2011 e levado a IPO seis anos depois.

A Bloomin Brands contou com a assessoria do Bank of America e do escritório Lefosse Advogados para a transação. Já a Vinci foi assessorada pelo Itaú BBA e pelo Mayer Brown, destacando a relevância do negócio no setor de alimentação e no mercado de private equity.

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