Politics

Vivian Jenna Wilson, filha de Musk, pondera abandonar os EUA após vitória de Trump

Vivian Jenna Wilson, a filha trans de Elon Musk, voltou a estar no centro das atenções após a sua reação à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA. No dia seguinte ao anúncio da vitória de Trump – apoiado por Musk – Vivian partilhou uma declaração onde lamentou o futuro dos Estados Unidos e considerou a hipótese de deixar o país:

Pensei nisto por algum tempo, mas ontem confirmou-me tudo. Não vejo o meu futuro nos Estados Unidos,” escreveu. “Mesmo que ele só esteja no poder por quatro anos, mesmo que as regulamentações anti-trans não aconteçam, as pessoas que as escolheram continuarão cá e não irão embora.

A sua preocupação reflete uma angústia generalizada na comunidade LGBTQ+, especialmente entre pessoas trans, que têm visto os seus direitos e segurança ameaçados nos últimos anos. Para Vivian, a ideia de viver num país onde líderes influenciam políticas que podem prejudicar a sua existência é insustentável.

O conflito entre Vivian e Elon Musk

A relação entre Vivian e Elon Musk deteriorou-se após o pai ter feito repetidos comentários transfóbicos em entrevistas e publicações. Recentemente, Musk criticou abertamente os cuidados de afirmação de género, referindo-se de forma incorreta ao género da filha e sugerindo que esses cuidados “mataram” a sua identidade.

Em julho, Musk afirmou que foi “basicamente enganado a assinar documentos” para a transição da filha, insinuando que não compreendia as implicações das decisões médicas. Para a filha, estes comentários não são apenas falsos, mas até “ridículos”, afirmando que as alegações do pai “são uma paródia de si mesmo.”

Além disso, desmentiu diretamente várias afirmações do pai, que sugeria que ela gostava de musicais e de escolher roupas para Musk quando criança. Vivian esclareceu que Musk confundiu as memórias, provavelmente referindo-se ao irmão gémeo, não a ela.

Rejeição ao Discurso de Ódio e à Narrativa Divisória

Vivian tem-se mostrado ativa em relação ao clima político e social dos EUA, e criticou abertamente a divisão social e as narrativas de ódio que surgiram após a eleição. Em resposta aos que tentaram culpar certos grupos demográficos pela derrota de Kamala Harris, Vivian fez um apelo à união e criticou a manipulação de figuras políticas e “oligarcas”: “‘Culpar este ou aquele grupo’? Não. Culpem os políticos e os oligarcas que causaram isto.”

Vivian, como muitas outras pessoas na comunidade LGBTQ+, lamenta os resultados das eleições e a direção que o país parece estar a tomar, sendo representativa da frustração de uma geração que, dia após dia, vê os seus direitos desafiados.

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