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Demanda por energia aumentará 25% até 2034, diz governo

Estudo mostra que o setor energético pode receber investimentos de R$ 3,2 trilhões até 2034

Torre de transmissão de energia em Brasília

Torre de transmissão de energia em BrasíliaTorre de transmissão de energia em Brasília
Torre de transmissão de energia em Brasília

Um estudo realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que haverá uma alta de 25% na demanda pela matriz energética até 2034, quando se considera petróleo, gás e outras fontes de energia. Quando se considera somente a demanda por eletricidade, o salto deve ser de 37,7%.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o setor elétrico vai responder à demanda com mais leilões de transmissão e com armazenamento de baterias.

“A segurança energética das brasileiras e brasileiros vai seguir como prioridade. A transição energética vai fortalecer diversas fontes de energia, especialmente as renováveis”, disse.

De acordo com o MME, o total de investimentos previstos para o setor energético é de cerca de 3,2 trilhões até 2034, divididos em três categorias principais de projetos, com grande participação da indústria de petróleo e gás natural (78%).

  • energia elétrica (18,7%): R$ 597 bilhões;
  • petróleo e gás natural (78,1%): R$ 2,5 trilhões;
  • biocombustíveis líquidos (3,2%): R$ 102 bilhões.

O caderno de Consolidação do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034 foi publicado na última quinta-feira (7). Durante o evento de lançamento, foi aberta a consulta pública do plano.

O governo estima que os ganhos com as políticas de eficiência energética vão representar uma economia de 7%, em relação ao que o Brasil consumiu em 2023. No setor elétrico, isso significa uma economia de 40 terawatts-hora, o equivalente a soma da geração de energia por Itaipu e Furnas.

A demanda por minerais estratégicos, como cobre, níquel, cobalto e zinco, para a expansão do setor elétrico crescerá 58%.

A Oferta Interna de Energia (OIE) da matriz deverá crescer a uma taxa média de 2,2% ao ano, alcançando 394,3 milhões de toneladas equivalente de petróleo (tep) em 2034.

O estudo prevê também o aumento na disponibilidade de energia por habitante no Brasil, com a OIE per capita passando de 1,45 tep/hab para 1,72 tep/hab em 2034. A estimativa é inferior à média mundial de 2019, de 1,87 tep/hab.

O caderno estima que a participação de energias renováveis na matriz energética nacional permaneça 50% ao longo de todo o horizonte projetado até 2030, quando se considera o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, que visa garantir energia limpa e acessível.

O Brasil deve atingir um nível médio de renovabilidade de 86,1% em 10 anos, observando a predominância da geração elétrica a partir de fontes renováveis, como hidrelétrica, biomassa, eólica e solar.

A participação da autoprodução e da geração distribuída na geração de eletricidade crescerá de 15% em 2024 para 17% em 2034, com destaque para as maiores contribuições da biomassa (biogás, bagaço de cana, lixívia e lenha) e da energia solar.

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